segunda-feira, 4 de março de 2019

Neeko e Soldier 76: Como as empresas representam a comunidade LGBTQIA+

Yooo minna!!!

Aqui estou eu depois de muito tempo (estou sentindo que digo isso direto), dessa vez para falar sobre dois fenômenos que explodiram: Neeko e a revelação de Soldier 76 ser LGBT+. Antes de tudo, queria explicar que eu ia fazer um texto sobre isso anteriormente, na época que aconteceu tudo, mas acabei não produzindo nada e nesse feriado de carnaval meu bloqueio cessou um pouco, então aqui estou eu.

Tenho feito isso em algumas postagens e gostei, então a partir de agora os posts serão divididos em tópicos (tipo o que algumas pessoas fazem no amino). Assim fica mais organizado e vocês conseguem notar o que eu estou tentando falar mais nitidamente.

Neeko


Explicando pra quem não é do LoL ou não está acostumado a seguir o jogo off game: Neeko é uma das últimas personagens lançadas do LoL, uma vastaya de uma tribo antiga - guardem isso, pois é importantíssimo para o desenrolar da história. Quando Neeko foi lançada, junto de sua lore e suas falas, a comunidade começou a questionar várias coisas. Dentre elas perguntaram sobre algumas falas que deixam a entender que Neeko gosta de mulheres, e um rioter envolvido no processo de criação da personagem assumiu que ela não só parece gostar de mulheres como é definitivamente lésbica.

Tweet onde Matt revela que Neeko é lésbica

Essa revelação induziu a reações diversas, tanto pessoas comemorando o fato quanto pessoas criticando e falando sobre a Riot querer "lacrar" em cima de personagens para atrair o público LGBT+ ao invés de melhorar o servidor (o que não tem sentido nenhum). Primeiro, vou falar um pouco mais sobre a campeã.
Neeko é uma Oovi-kat, uma tribo vastaya antiga que podia se conectar com a natureza, os animais e outros seres de uma forma muito íntima, pelo sho'ma. Essa conexão dos ooki-kat pelo sho'ma permite a eles se transformar em outras formas, simular a forma de outra pessoa ao se conectar com o sho'ma dessa pessoa, sentindo o que ela sente - de alguma forma entrando em sua consciência. 
Em suas falas, ela fala sobre se conectar e identificar com o sho'ma de personagens femininas, em especial Nidalee. De acordo com sua lore, Neeko passou um tempo na tribo de Nidalee depois de percorrer Runeterra quando sua tribo foi dizimada por noxianos. Ela acabou criando um vínculo muito forte com Nidalee, que acabou se tornando uma paixão não correspondida. Ou seja, Neeko ama Nidalee, e deixa isso claro em suas falas, mas Nidalee não corresponde a esse amor.

Varus e a recepção da comunidade


Desde que Neeko e sua orientação sexual foram reveladas, eu digo que Neeko não existiria sem o rework do Varus, e por que isso? 
A comunidade gamer é essencialmente preconceituosa. É estranho pensar que pessoas que há poucos anos eram rejeitados e diminuídos por serem "gamers", hoje em dia se mostram uma das comunidades mais preconceituosas e mente fechada.  Não vou adentrar aqui no porquê disso, já que nem eu sei tentar justificar esse pensamento, mas vou me ater a receptividade da comunidade em relação à personagens LGBT+.
As histórias do LoL antigamente não faziam muito sentido, não eram coisas que se relacionavam entre si. Eram histórias fechadas que não se cruzavam e com o tempo isso acaba prejudicando o mundo criado. Há alguns anos (2016~2017) a equipe que cuida das histórias renovou tudo para começar a encaixar as histórias e cronologias dos campeões para começar a fazer algum sentido. Com isso muitas histórias foram modificadas, algumas eu realmente não gostei e não achei necessidade de mudar (como a do Amumu, já que ele inicialmente era um yordle e nessa nova lore ele é uma criança humana), já outras mudaram e deram um sentido a mais ao personagem. Varus foi um desses.
Varus em sua antiga lore era muito superficial, noxianos mataram sua familia e ele estava em busca de vingança, ponto final. Em sua nova lore, Varus é um darkin que possuiu o corpo de dois humanos, Valmar e Kai, ao ser libertado por Valmar para salvar a vida de Kai, gravemente ferido por noxianos (sempre eles) que invadiam o vilarejo. Kai era a "luz da vida" de Valmar, algo que é citado várias vezes na lore do Varus e nos quadrinhos que contam a origem deles, seria o equivalente a alma gêmea, e Valmar não conseguiria viver sem Kai, por isso preferiu sacrificar a si mesmo e a Kai para tentar salvá-lo mesmo que por meio do darkin "Varus". Varus então consumiu os dois e uniu-se a eles num corpo habitado por 3 consciências. 

À esquerda Kai e a direita Valmar, antes de caírem no poço ode Varus se encontra

Ao introduzir um casal gay diretamente na lore de um personagem, a Riot começou a cutucar uma ferida dos jogadores, a associação com homossexuais não era benquista com o público extremamente tóxico e preconceituoso, majoritariamente masculino e hétero, de League of Legends. Varus foi a faísca para algo que a Riot começou a introduzir no jogo: representatividade de LGBT+'s. Varus não é gay, ele é uma entidade sem gênero, mas Valmar e Kai são um casal gay apaixonado. Isso não influencia nada no jogo, mas é importante.
Sem essa iniciativa, o LoL nunca teria uma personagem abertamente lésbica e protagonista da própria história, como Neeko é. Ela tem uma ingenuidade própria de gente do interior ao conhecer cidades grandes, o que muita gente confunde com ingenuidade infantil que não é o caso, já que Neeko é milenar. Ao mesmo tempo ela fala coisas completamente adultas que uma criança não entenderia o duplo sentido, e em suas falas vive cantando Nami (e inclusive pergunta dela para outros campeões). Ela se sente livre para elogiar mulheres e homens, apesar de elogiar apenas Ezreal e Rakan, considerando os outros "fedidos" (acredito que ela não goste muito do ideal de masculinidade imposto aos outros homens do jogo, já que Rakan é narcisista e, assim como Ez, tem um perfil diferente dos outros).
Neeko seria massacrada pela comunidade assim que começassem os rumores sobre ela ser LGBT+. Digo isso porque com Varus houve um momento de dúvida, "mas ele não é gay, o casal que é", "tem 3 pessoas num corpo, 1/3 dele é hétero" e por aí vai. Tudo para tirar o protagonismo desse casal, mas ainda assim eles existiram e colocaram essa semente ali. Neeko veio para ser uma protagonista, ela é ativamente uma personagem do jogo e é abertamente lésbica, sem pudor nem vergonha de ser quem é.

Soldier 76


Quando foi lançada a história "Bastet" que conta um pouco da história de Ana (que se passa nesse momento, mas fala sobre o que ela tem feito desde que saiu da Overwatch), Jack Morisson (Soldado 76) foi co-protagonista da história. Em um dado momento, Ana fala com ele sobre um antigo namorado de Jack, Vincent. Jack fala sobre ele ter uma familia agora e estar feliz pelo ex namorado, e o assunto se encerra. Foram algumas falas apenas, mas desencadearam um hate absurdo no jogo.
Overwatch é um dos jogos mais LGBT+friendly que eu já vi, se tratando da equipe de criação e lore. 
Além de ser diverso em etnias e nas histórias dos personagens, que passam por todos os continentes diferente do que as empresas sempre fazem (pegar um esteriótipo e reproduzir num personagem caricato), Overwatch conta uma história no futuro, onde muitos dos problemas e preconceitos atuais já foram resolvidos, portanto a pauta LGBT+ não é um problema. Ana fala tranquilamente sobre Vincent com Jack, o clima só fica estranho porque Jack não quis falar sobre isso, já que pelo jeito foi um término difícil. 
Assim como Neeko, Soldier 76 também teve um precursor importante: Tracer.
Quando foi anunciado que havia um personagem LGBT em Overwatch, todos seguiram pelo caminho mais fácil: Zarya. A campeã de halterofilismo e heroína da Rússia é todo esteriótipo de lésbica que a comunidade gamer já está acostumada: ela é musculosa, gigante, não é o padrão de beleza, e não é atribuível a ela nenhuma das condições que determinam os esteriótipos de gênero. Qual não foi a surpresa do público quando na comic de natal foi mostrado, em meio as cenas de personagens passando o natal com suas familias, em destaque Tracer e sua namorada Emily se beijando.

Emily ao receber o cachecol como presente de natal de Tracer

Essa ainda é uma das cenas mais representativas para mim. Enquanto alguns outros personagens foram mostrados de longe, sem muitos detalhes nas cenas e sem interesse no que estavam fazendo, Tracer aparece num quadrinho destacado beijando sua namorada, que não faz parte dos heróis de Overwatch. Ovewatch colocou sua própria mascote como personagem LGBT+ de destaque, destruindo o esteriótipo de lésbica que muita gente tinha (apesar de Tracer ter o cabelo curto que ainda é atribuído as lésbicas).

Mas e com o Soldado? 
Admito que existe um esteriótipo de homens muito "machos" serem gays, mas diferente desse senso, Overwatch não trata a sexualidade dos personagens como sua razão de ser. A sexualidade é só um aspecto de Jack, tratado com tanta naturalidade que o esteriótipo de homem com "H" não só é deixado de lado, como nenhuma possibilidade de trejeitos associados a homossexuais é atribuido a ele. Jack continua sendo Jack, mesmo sendo gay. E é isso que eu gosto nas histórias de Overwatch, os personagens são uma construção de várias coisas que os envolvem.
Jack continua com sua caçada atrás de Gabriel e da Talon, continua com os mesmos problemas e com as mesmas habilidades, porque afinal ele sempre foi assim. Ser ou não gay não altera nenhum outro aspecto do Soldado e é exatamente isso que me faz gostar tanto do desenvolvimento dos personagens de Overwatch (btw quero falar sobre isso quando falar sobre os curtas de Overwatch).
Foi incrível terem colocado o Soldado, o personagem mais padrão heterossexual do jogo, como personagem LGBT+. Isso continua o desenvolvimento de personagens não estereotipados do jogo.

Como a comunidade recebe personagens LGBT+


Não é novidade que sempre que o público é introduzido a um personagem LGBT+ ou de alguma outra minoria, sempre há uma rejeição. O fato de estar mais frequente a representatividade dessas minorias nos jogos, o público mais conservador tem encarado isso como "forçar representatividade" e tem usado slogans do tipo "quem lacra não lucra" para dizer as empresas que caso continuem assim vão perder público. 
A verdade é que, ao introduzir personagens LGBTfriendly ou com uma temática mais voltada ao público infantil (ao estilo de Zoe no LoL) as empresas só lucram. O público que antes se mantinha afastado dos jogos por não serem atrativos, agora estão começando a entrar nesse meio, e eles têm dinheiro para gastar.
A prova disso é a Ahri, personagem do LoL conhecida por ser uma das que mais tem skins no jogo. A personagem ganha mais skins porque são as que mais vendem, logo porque não continuar vendendo? Rainha do pop, KDA, Starguardian, Fliperama, Colegial... são tantas que vou parar por aqui. A personagem em si foi feita, assim como todas as antigas personagens, para atrair o público masculino, porém suas skins são bem voltadas ao público "feminino". Assim como as skins starguardians e KDA foram mais voltadas pra esse público em crescimento. 
Para a Riot, não há prejuízo em investir nesse público, pouco explorado e com dinheiro para investir. Assim como para a Blizzard, Overwatch foi uma iniciativa de FPS diferente do normal: é muito mais colorido, movimentado e com habilidades diferentes do que se encontra em FPS. 
Ao perceberem que seu território está sendo ameaçado, os gamers conservadores começam a atacar a comunidade LGBT+ e feminista de modo a fazer com que eles não tentem se inserir nos jogos. O que causa dois efeitos: parte dessa comunidade realmente desiste de se encaixar, parando de jogar algo que realmente gosta por causa da toxicidade, e outra parte crava a bandeira e diz "daqui eu não saio" não se deixando ser intimidada por ameaças preconceituosas. Por isso é tão importante que empresas grandes tomem iniciativas, promovam ações de combate a esse tipo de atitude e ajudem o novo público a se inserir.

Conclusão


É sempre difícil tocar nesse tópico, pois a maioria das pessoas ao ouvir falar em certos termos ignora o resto do texto. Eu evitei aqui algumas palavras porque sei da rejeição que elas sofrem por parte do público gamer, mas outras eu usei a vontade. Fico extremamente incomodada quando alguém usa "lacrar" como um argumento contra a ação promovida por aquela empresa/marca. Às vezes não entendo se quem diz isso realmente entende a finalidade e propósito daquela ação, que muitas vezes é alcançar um público que ainda não está no meio. Eu realmente acredito que isso é reflexo de uma tentativa de proteção, que eles sentem-se ameaçados porque "tem gente diferente aqui, não estou acostumado a jogar com uma mulher que tem o mesmo nível que eu, como aquele viado sabe jogar melhor que eu?" e começam a rejeitar essas pessoas por se sentirem desfocados. Agora eles não são mais o centro das atenções, as histórias e jogos não são feitos mais só para eles, são feitos para todos e isso incomoda.

Adendo: eu mencionei um esteriótipo sobre homens muito másculos serem gays, isso existe e inclusive é um gênero do yaoi chamado "Bara" onde homens muito viris e musculosos são interpretados como gays (isso é comum no Japão). Não acho que seja o caso do Soldier 76 já que ele é um personagem americano bem padrão. Eu também falei sobre Soldier 76 ser LGBT+, já que pela história e diálogos não é possível concluir se Jack é gay ou bi, então vamos deixar em aberto.

Espero que cada vez mais as coisas mudem, que nós venhamos a conseguir nosso espaço e não necessariamente diminuir o dos outros.

Fico por aqui, até a próxima


Tahhh

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O Feminismo em Shingeki no Kyojin



Yooo minna 0/

Comecei a usar e atualizar mais frequentemente o Instagram do blog (@minhavidadeotomeblog) e acabei perguntando se vocês gostariam de um assunto específico que eu adoraria falar, então cá estou.
Hoje vamos falar sobre o feminismo em Shingeki no Kyojin. Tive essa idéia depois de ler o mangá.
Com o final da terceira temporada, e aquele teaser da 4° eu não poderia deixar de ler o mangá, minha curiosidade e ansiedade estavam me matando. Então comecei a ler a partir do capítulo 80 (que é onde o anime termina) e em duas noites li tudo que foi lançado até agora.
Acontece que, em um dos capítulos acontece uma cena que me deixou com um misto de sensações. Eu fiquei irritada como a personagem e orgulhosa da reação dela, e pelo que me parece foi algo intencional do Isayama.
Não vou contar detalhes pois não quero dar spoilers do mangá, numa futura matéria vou falar mais a fundo dessa situação. O foco de hoje é o feminismo de Shingeki nas primeiras temporadas.
Então, vamos lá?

Só um edit rápido: fiz essa matéria tem mais de duas semanas, foi na semana onde o último episódio da terceira temporada foi lançado então demorei pra postar. Motivos: o instagram simplesmente parou de funcionar no meu celular e fiquei desmotivada em lançar, além do que eu estava (ainda estou) sem pc e não consegui pegar com meu irmão o notebook, mas agora está tudo resolvido, divirtam-se <3


Introdução


Caso você não saiba, Shingeki no Kyojin é uma série criada por Hajime Isayama que contém até o momento 26 capítulos e 3 temporadas adaptadas para anime.
A série gira em torno de uma sociedade fictícia onde toda a humanidade está contida ao redor de três muralhas que a protege dos titãs que assolam o mundo. Muitas reviravoltas começam a acontecer a partir da terceira temporada, mas as duas primeiras se resumem basicamente a isso.
A história tem como foco principal Eren e seus melhores amigos, Misaka e Armin. E a partir de agora vou entrar na história, então se não quer spoilers, sinto muito, mas vai ter que ler essa matéria depois de ver o anime :)

A infância


Quando Eren era pequeno, foi apresentado à Mikasa durante uma das consultas de seu pai, Grisha, que era médico. Mikasa era muito tímida, portanto não falou muito com ele.
Quando Grisha foi novamente visitar a família de Mikasa encontrou apenas os pais da menina mortos. Como Mikasa era descendente de asiáticos, sua família foi alvo de sequestradores que queriam vender sua mãe no mercado negro. A Mikasa não era de raça pura, visto que seu pai era um Ackerman — vamos falar bastante desse clã em futuras matérias.
Eren logo tratou de olhar os arredores enquanto seu pai procurava ajuda. Foi aqui que ele encontrou um galpão (cabana, sei lá) e ouviu uma movimentação suspeita. Ele entrou com uma faca escondida determinado a resgatar Mikasa.
Com suas vidas ameaçadas, Eren não pensa duas vezes antes de investir contra os sequestradores e acaba matando dois deles, e Mikasa ao ver Eren ser imobilizado pelo terceiro investe contra ele e o mata.
A partir desse dia Mikasa se vê apaixonada e inspirada por Eren e dedica todos os dias da sua vida a proteger ele. A relação dos dois é meu ponto de início.
Quando vi a Mikasa pela primeira vez não gostei da personagem, pelo simples fato de ser apaixonada pelo personagem principal que era (e continua sendo – BRINCADEIRA GENTE) bem bosta. Porém, conforme o anime foi se desenvolvendo, Mikasa se revela uma das melhores recrutas do 104° esquadrão. Ela tem uma aptidão nata para manusear as lâminas e o equipamento de descolamento, que depois descobrimos ser uma herança do clã Ackerman, braço direito da família real.
Eu não conseguia gostar da Mikasa que ficava 24/7 atrás do Eren, e até hoje lendo o mangá me incomoda quando ela demonstra extremo ciúmes do Eren, mas eu consigo entender esse desenvolvimento dela. Ela tinha desistido de lutar pela vida, até que Eren a salvou e a convenceu a não desistir nunca (TATAKAE).
Mikasa é mais forte e mais habilidosa que Eren, mas ainda admira o fato dele se arriscar para proteger outras pessoas, como aconteceu quando Armin sofria bullying e Eren interviu para protegê-lo.

Outras personagens


Outra personagem em destaque na série é Annie, a titã fêmea. Antes mesmo dessa revelação ela já era, assim como Mikasa, uma das melhores da turma. Seu combate corpo a corpo era imbatível (e foi o que lhe concedeu o poder de titã). Ela era temida e respeitada por todos do esquadrão em que se formou, e diferente da maioria dos personagens apresentados, ela escolheu a polícia militar.

Titã Fêmea / Annie
O que fez com que Eren percebesse que Annie era a Titã fêmea foi o modo como ela se portava em batalha, já que nos treinamentos ela adotava a mesma postura que a Titã nos confrontos.

Nem Mikasa nem Annie foram masculinizadas no anime/mangá para que sua força fosse representada, pelo contrário, Jean criou um forte crush por Mikasa e odiava o fato dela gostar de Eren e ele nem dar bola pra ela.
Em contrapartida temos Sasha, uma personagem cômica desde o início do anime, assim como Connie. Sasha sempre está atrás de comida e fazer comentários que quebram a tensão das cenas. Ela obviamente não é uma personagem fraca, afinal estava presente durante o segundo ataque às muralhas e sobreviveu inclusive ajudando pessoas em seu caminho enquanto buscava sobreviver ao ataque já que ela morava em um vilarejo distante das capitais, além de ser um membro das tropas de exploração, mas ela também não é uma das personagens mais fortes, e isso é totalmente proporcional ao papel que ela tem no anime.

Sasha em sua cena mais icônica, logo na primeira temporada
"Eu vou te dar essa metade"

O balanço entre personagens fortes e fracos de ambos os gêneros me faz ver Shingeki no Kyojin como uma obra equilibrada. Não sei se essa foi a intenção desde o começo, mas as personagens femininas da obra são tratadas pelos personagens masculinos de forma igual. As personagens não são excluídas de determinada missão pelo fato de serem mulheres e tem uma cena que brinca com isso na terceira temporada, enquanto o novo esquadrão de Levi, composto por Eren, Mikasa, Armin, Sasha, Connie, Jean e Historia estão se alojando, Levi deixa as tarefas com eles. Eren já tinha feito parte de um esquadrão de Levi antes e sabe o quanto o mais velho é criterioso sobre a limpeza do local. Portanto é o primeiro a começar a faxina, enquanto Mikasa vai cortar lenha nos fundos da casa, junto de Historia. Provavelmente foi proposital já que Jean brinca com essa inversão de papéis.
Outra personagem que mudou ao longo da narrativa foi Historia. Inicialmente, como Mikasa, Historia desistiu de sua vida, sendo levada a esquecer seu próprio nome e agir por um teatro. Quem a faz acreditar novamente em seu próprio potencial é Ymir, as duas criam um relacionamento romântico que acabou não se concretizando, pois Ymir foi levada para fora das muralhas por Reiner e Berthold.
Após o incentivo de sua amada, Historia revela sua origem como filha bastarda do rei das muralhas e assume o trono de uma maneira magistral. Ela combina com Erwin, o líder das tropas de exploração, de desmascarar o sistema do reinado atual e tomar posse como rainha ao derrotar o último titã durante a invasão da muralha Rose em frente a população. Assim, Historia toma posse do trono como a rainha que derrotou os titãs, bem quista pela população. Um de seus maiores objetivos era dar um lar seguro aos órfãos e reinar para os mais pobres, e isso também é pontuado no mangá (e aparece logo no último episódio da terceira temporada).

Sobre a masculinidade de Shingeki no Kyojin


Durante o anime, não faltam exemplos da masculinidade tradicional: um homem forte, durão e que não demonstra sentimentos. Mas da mesma forma, temos personagens sensíveis que demonstram além de luto, tristeza e compaixão. Sentimentos que nas obras são apenas externados por mulheres e personagens frágeis, acabam se mostrando nos personagens fortes também, o que torna os personagens mais humanos, algo que na obra é importante ressaltar. Durante toda a primeira parte é muito importante fazer o contraste entre os humanos e os titãs, criaturas monstruosas que só querem a destruição da humanidade, indefesa e frágil atrás das muralhas. Trazer características que distinguem os soldados dos titãs com quem eles lutam é importante até mesmo para trazer a afeição do público, para que cada morte e cada derrota caia com força em nossos corações.

Historia xingando Eren porque ele não parava de chorar dizendo para ela comê-lo para o bem da humanidade

Eren como personagem principal tem tudo de mais humano mesmo sendo o primeiro a revelar que podia se transformar em um titã.
Na primeira temporada, Eren era brigão e valentão, mesmo que não tivesse muita habilidade nem força e por vezes causava tumulto no refeitório com Jean, o que é algo típico de um adolescente. Porém ele é visto na terceira temporada muitas vezes chorando e demonstrando todo medo e raiva que sente dos titãs. Muitas pessoas brincam com o fato dele ser um bebê chorão, já que os outros personagens choram em momentos pontuais, já ele chora em diversas ocasiões, mas é isso que faz dele mais humano e real. As emoções negativas como raiva, medo, desespero, arrogância são tão importantes quanto as positivas, porque frustração também é algo intrínseco ao ser humano e nos aproxima dos personagens por empatia.
Armin muitas vezes é colocado em xeque em momentos de pressão e demonstra desespero e medo de fazer o movimento errado e colocar o destino da humanidade em risco, mas com sua inteligência acima da média sempre pensa em algo genial de última hora, o que o fez se destacar aos olhos de Erwin.

Conclusão


O que quis enfatizar nesses tópicos é como Shingeki no Kyojin diverge de tantas outras obras por primeiro: abordar o poder feminino de forma natural e não sexualizada, assim como não masculinizando as personagens; e segundo: retratar as emoções dos personagens masculinos tanto quanto das personagens femininas e naturalizando esse processo de externar as emoções negativas e ditas frágeis.
São pontos como esses que me fazem adorar tanto a obra e admirar o autor por ter criado um mundo tão incrível e equilibrado. Aliás o próprio contraste entre o mundo dentro das muralhas e fora delas já é bastante discrepante e veremos isso num futuro não tão próximo. Assim que a próxima temporada for lançada eu comento um pouco para vocês ;)

Então, acho que é isso. Espero ter esclarecido bem os pontos, e que vocês não tratem com insignificância algo tão relevante como equidade de gênero que é tratada de uma forma tão especial nesse anime incrível.


Até a próxima


Tahhh

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Como sobreviver à um evento de anime

Yoooo mina!!

Eu sempre falo dos eventos que vou e sobre comprar coisinhas em eventos, mas nunca cheguei a falar dos eventos em si, por isso o assunto de hoje vai ser esse. Vamos nos organizar para o próximo evento?
Vou dividir em alguns tópicos principais, mas inevitavelmente algumas coisas vão se mesclar as outras. Tentem pensar no conjunto como um todo, okay?


Primeiro: Planejamento


Temos que planejar com muita antecedência o que vamos fazer. Onde é o evento, como chegar lá, quem vai são os principais planejamentos que devemos fazer logo que decidimos ir à um evento. Procure sempre saber para onde está indo, pontos de referência e outras rotas para chegar lá e para voltar, é mais seguro e menos incômodo.
No último animebuzz eu planejava pegar o mesmo ônibus que peguei ano passado, mas não sabia que a rota desse ônibus tinha mudado e ele não ia mais para o centro da cidade. No sábado fui com um grupo de amigos então seguimos uma menina que sabia chegar lá, já no domingo fui com apenas uma amiga e disse que não queria andar tudo aquilo para chegar no evento, já que o outro ônibus parava na frente. Resultado: esperamos quase uma hora pelo ônibus até um grupo que estava na parada e ia pro evento também decidiu perguntar para o motorista, que nos avisou que aquele ônibus não passava mais lá. Acabei pegando um ônibus com o mesmo trajeto do ônibus do sábado e tive que andar muito novamente. Na volta queria pegar um ônibus ali na frente do evento mesmo que fosse para o centro, mas não tinha nenhum então tive que voltar para a outra parada e pegar o mesmo ônibus com o qual eu fui.



Ainda sobre planejamento é bom pensar sobre economizar bem antes do mês do evento, assim você consegue programar quanto deve guardar todo mês para o evento e acaba sendo bem menos do que ter que economizar tudo no último mês. Confesso que não faço isso, mesmo pensando que tenho que guardar um tanto de dinheiro acabo não guardando nada e tendo que usar o dinheiro daquele mês para levar para o evento.
Ah é bem importante sempre ter uma reservinha de dinheiro (recomendo por volta dos 50 reais), guarde alguma coisa nem que seja 10 reais em dinheiro para alguma emergência (ônibus, uber, água ou alguma coisa pra comer de última hora). É bom ter dinheiro em espécie e em cartão, mas procure sempre ter pelo menos o dinheiro da passagem de ônibus guardado.
Para organizar o dinheiro é bom guardar em lugares separados. Se você usa carteira é bem fácil, normalmente há vários bolsinhos e até mesmo o espaço para o cartão pode guardar algumas notas. Separe o dinheiro da passagem se precisar, dinheiro para comida e bebida, o dinheiro que quer gastar com roupas e acessórios e a reserva. Nunca se esqueça que, se você planeja pegar uber, deve tomar cuidado com  os horários, dependendo do horário e movimento do local pode sair bem mais caro.


Segundo: Vestimenta


Também entra na parte de planejamento, mas creio que posso separar em um tópico único. A roupa que você vai usar tem que ser acima de tudo confortável e leve. Um tênis que não machuque os pés, calças que não te façam sentir muito calor, uma camiseta de cor clara para não te esquentar muito e uma mochila pequena que não seja pesada, não leve coisas que não vai precisar pois acaba sendo um peso morto para que você carregue.
Claro que, se você vai fazer cosplay esse ponto é meio inválido, já que você ter que se vestir segundo o personagem, mas você pode planejar algumas coisas, por exemplo, vestir o cosplay no evento. Normalmente o evento tem uma área para os cosplayers se prepararem, assim você leva as roupas e coloca lá mesmo.



Quando fui na animebuzz queria fazer meu cosplay de Alice, mas como estava muito quente levei as roupas para trocar lá, mas além de não encontrar o camarim queria aproveitar o evento para comprar coisinhas e ver os cosplays, e quando se está montado fica difícil já que a roupa nem sempre é confortável e no meu caso eu teria que usar um salto (preferi usar um salto que lembrasse o sapato da Alice). Já no domingo, fui com a roupa vestida e no evento coloquei a peruca e o salto (o que foi bem mais prático, e como estava ventando bastante não fiquei com calor).
Em resumo: roupa leve, nada de bagagem desnecessária, calçados confortáveis - afinal você vai andar o dia todo) e sempre pense na previsão do tempo. Caso seja no verão não tem muito com o que se preocupar, mas no inverno certifique-se de estar confortável e quentinho (se for época de chuva procure sempre ir com uma jaqueta ao invés de moletom pois elas protegem melhor da chuva).


Terceiro: No que se divertir?


Se você já foi em algum evento sabe o que mais te atrai, seja ficar olhando as bancas ou estandes, seja ver os cosplays e tirar muitas fotos, ver apresentações e covers de músicas, só você sabe o que te agrada. Mas se você gosta de um pouquinho de tudo, assim como eu, e não sabe como se organizar: de novo, vamos planejar.
Vou dizer novamente o que eu fiz na última animebuzz (acho que foi o evento que eu mais me organizei). O evento é junto ao festival do Japão, então tem muuuita coisa pra ver. Planejei o seguinte: sábado ficaria na animebuzz vendo as bancas, os cosplays e tudo que tivesse por lá, já no domingo ficaria na parte do Festival do Japão e comendo nas barraquinhas de comida que ofereciam uma vasta variedade da culinária japonesa. Comi pouco porque além de não passar muito tempo no evento, não tinha muita fome.
Acho que já estou falando muito de mim né? Melhor voltarmos ao foco: pense no que você mais gosta e tire um tempinho para ver as outras atrações, assim você consegue aproveitar um pouquinho de tudo.

Vocês estão gostando desse tipo de post onde eu conto vivências? E a estrutura, está legal? O feedback é muito importante para melhorarmos cada vez mais o blog <3

Espero que tenham gostado, até mais


bjÔ



Tahhh

terça-feira, 31 de julho de 2018

Sobre conquistas que te fazem feliz

Yooo minna 0/ 


Há quanto tempo, não é mesmo? Vou fazer um cronograma pro blog e postar na página do Facebook assim que estiver tudo repaginado,  esperem por muita novidade!


O assunto de hoje é algo que tem me deixado muito feliz: conquistas pessoais. Não estou falando somente sobre trabalho, faculdade, relacionamento, estou falando daquelas pequenas conquistas, ou até mesmo coisas que outras pessoas acham irrelevante, mas que para você importam muito.


Primeira parte: Minha história com o LOL


Minha história com o LoL começa em 2014, no início da febre do LoL no Brasil. Meu irmão jogava muito e sempre insistiu que eu jogasse, até que finalmente criei uma conta. Jogava ocasionalmente com ele e um amigo, eu era horrível e ainda não entendo como conseguia jogar com o mouse do notebook (sim, você não leu errado), mas aí minha vontade de jogar não era muito grande. 
Okay, 2014 passou e 2015 veio junto com uma imensa vontade de jogar lol, porém não queria me arriscar a jogar ranqueadas, eu sabia que eu era ruim e não queria nenhuma prova exterior disso. Só as partidas normais já me faziam passar raiva, não queria me estressar com ranqueada.
Enfim chega 2016 e aí meus amores, com as férias eu me aventurei a jogar ranqueadas sozinha. Resultado: Bronze 4. Eu queria bater com minha cabeça na parede até não lembrar nem do meu nome. 
Depois dessa catástrofe meu ânimo com LoL diminuiu mais ainda. O que fazer quando se cai B4? Eu certamente não queria dedicar tempo e esforço para o jogo, naquela época eu estava no primeiro semestre da faculdade e do técnico, estresse e ansiedade lá no alto.
Tá bom, vamos repensar umas coisas e tal, 2017. Confesso que não lembro de jogar muito ano passado, afinal de contas eu estava começando a me interessar em Overwatch e realmente estava levando jeito para a coisa.
Depois da desilusão de LoL, depositei minhas forças no overwatch, mas ainda com medo de jogar ranqueada.


Segunda parte: Primeira Conquista


Meu namorado sempre me incentivou a jogar e não ter medo, me convenceu de que eu era realmente boa, até eu finalmente tentar jogar ranqueadas. Eu sinceramente não lembro em qual temporada comecei a jogar (e com a nova divisão de temporada fica mais dificil ainda de calcular), o negócio é que: eu realmente conseguia. 
Provar para mim mesma que eu conseguia jogar bem, no mesmo nível que meu namorado, foi uma grande vitória. Com o tempo, ele começou a enjoar de overwatch, mas eu não: era meu auge. 
Meu irmão comprou overwatch e começamos a jogar juntos de vez em quando. Como ele também não joga muito, comecei a jogar na conta dele. Eu fiz todas as md10 dele até agora (a conta é praticamente minha, já que ele não joga), em todas caí ouro. Sei que ouro não é o melhor elo, é baixo na verdade, mas para mim é uma grande vitória. 
Maior vitória ainda foi ver que consegui fazer a md10 na conta do meu namorado e cair ouro também (ele jogou 4 partidas e perdeu 3, eu joguei o resto e perdi 1 - acabei ficando com 2300 SR, ou algo assim). 


Mercy
Dva
Joguei principalmente com a Dva, que é minha main, mas minha segunda heroína foi a Mercy, e aí eu percebi que tinha versatilidade e visão de jogo e mecânica o suficiente para ajudar meu time quando necessário. 


Terceira parte: Voltando ao LoL


Então, 2018 chegou e aqui estou eu. Fiz minha md10 e cai B3 senão me engano, por uns deslizes acabei caindo pro B4 de novo e pensei ser meu fim no LoL, dedicaria minha vida ao overwatch onde tinha talento. Mas então aquela chama de esperança se acendeu e continuei jogando. 
Uma das coisas que mais me ajudou foi voltar a ver streams, principalmente as do Daniels, que são bem educativas e explicativas. Okay, foco no jogo, estuda build, meta, o que eu tenho que fazer no elo onde estou, vamos lá! 
Não foi nada fácil, mas, diferente de antigamente, agora eu não tiltava e enlouquecia com meus colegas de equipe, ou sobre como eu estava jogando mal: eu simplesmente jogava, não importa se estou jogando mal, eu já estava no Bronze, nada é pior.
E foi ai que aos poucos eu fui subindo, sozinha, pois meu irmão não queria jogar comigo e meu namorado não gostava de jogar na smurf porque tinha pouco campeão. E acho que isso foi o melhor, eu subi sozinha sem nenhum apoio.
Nesse domingo consegui me promover para o Prata IV e estou muito feliz com isso. Ainda não me acostumei a jogar no prata, é bem diferente do bronze as vezes, mas espero subir o quanto antes. 


Sobre mudanças


Eu mudei muitas coisas nessa trajetória, era main adc até ano passado, quando mudei para suporte e jogava demais de Sona e Soraka (em quantidade, não qualidade), e quando resolvi que queria carregar os jogos e que não iria conseguir jogando de adc, mudei para mid jogando só com Ahri, que tinha recebido um buff absurdo.


Sona - Suporte


Ahri - Maga

Mudanças são a parte fundamental de nossas conquistas, você tem que encaixar o que você quer com o que você precisa mudar e isso pode ser muitas vezes difícil. É essencial se adaptar. 





Miss Fortune - adcarry
O meta mudou e de repente encontrei na Miss Fortune um jeito de carregar com minha main lane, então voltei a jogar de adc e eu realmente carreguei alguns jogos. Isso era algo que nunca acontecia, eu nunca carregava, sempre ficava negativa e influenciava pouquíssimo no jogo, mas agora eu realmente fazia diferença, minha presença era importante.



Sobre a importância das conquistas


Isso pode não significar nada para minha mãe, ou até mesmo para meu irmão, mas para mim isso significa muito. É a prova que eu precisava para acreditar em mim mesma, e eu tenho que comemorar isso. Temos que comemorar nossas conquistas, para que não esqueçamos que conquistamos algo importante para nós. Não importa se alguém não liga para isso, ou se é irrelevante para sua carreira, isso importa para você, então comemore!


Acho que era isso que eu tinha para falar, espero que vocês tenham pegado a mensagem e que não sintam que suas conquistas são inúteis: tudo que vocês conquistam engrandece sua experiência de vida!


bjÔ


Tahhh

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Ano novo Lunar 2018 em Overwatch

Como prometido voltei ainda nas férias  \0/

Hoje vamos falar um pouco sobre a nova atualização de Overwatch, o Ano do Cachorro, que traz consigo muitas novidades.

O Ano do Cachorro trouxe consigo uma atualização importante para o jogo. Foram emotes, sprays, poses de vitória, e o mais importante: skins lendárias. Mercy, Pharah, Zarya, Genji, McCree e Widowmaker ganharam novas skins lendárias, skins que eu pessoalmente achei incríveis. Já é o segundo evento seguido que a Widow ganha uma nova skin tão bonita, amo vocês Blizzard.

Zarya, Genji e Mercy respectivamente

  • Ayutthaya
Além dessas skins, o modo capture a bandeira retornou, mas dessa vez com um mapa próprio. Jeff Kaplan, diretor de Overwatch, disse no "Developer Update" (vídeo onde Jeff traz as noticias do patch que está sendo lançado) que estariam trazendo um mapa próprio para Capture a Bandeira, diferente do ano passado, onde um mapa foi adaptado para receber esse modo de jogo. Essa atualização no modo foi importante, pois adaptar um mapa para o capture a bandeira não fluiu com a dinâmica diferente desse modo de jogo.
O mapa novo, Ayutthaya localizado na Tailândia, é um mapa voltado para o modo capture a bandeira, onde podemos perceber um templo antigo. Não haverão empates nesse modo, como Jeff falou no Developer Update: os players se sentem descontentes quando há um empate, eles não são estimulantes, pelo contrário, são anticlímax. Agora, quando os dois times estão empatados acontece a "Morte Súbita" onde as bandeiras dos dois times são aproximadas e a área a ser percorrida de um ponto ao outro é bem menor.


  • O que mudou no capture a bandeira?

Além do novo mapa, o modo foi um pouco modificado. Agora, habilidades que interferem na movimentação dos personagens, que deixam invulnerável ou aumentem a mobilidade, droppam a bandeira. As chamadas habilidades restritivas fazem com que o personagem largue a bandeira, ou seja, caso você esteja com Lúcio e use "Solta o som" (E) enquanto a Transição (Shift) estiver amplificando a velocidade, você vai largar a bandeira. O mesmo ocorre com qualquer outra habilidade de movimento e até mesmo com "Furtividade" (Shift) da Sombra e "Salto Foguete" (Shift) de Pharah (ainda não testei, nem soube se o pulo da Pharah faz com que ela largue a bandeira, já que se o espaço é pressionado ela continua voando, mas assim que souber edito aqui).
O modo como as bandeiras são capturadas também mudou, antes era necessário capturar a bandeira em um determinado tempo parado em cima dela (o que muitas vezes era difícil com Tracer e D.va fora do Meka) algo que deixava os heróis muito vulneráveis aos ataques inimigos. Agora a captura é instantânea e caso você largue a bandeira, deve esperar o tempo de desbloqueio dela para capturar novamente (não lembro se havia esse tempo no antigo modo).


  • O que mudou no evento do Ano Novo Lunar?
Ele basicamente é igual ao evento do ano passado, as skins que foram lançadas ano passado, como a da D.va, e outros cosméticos estão disponíveis para desbloqueio assim como nos outros eventos, foram lançados novos sprays, emotes, poses de vitória e Highlight Intro (entradas de destaques) temáticas do evento. Além disso, no último Developer Update Jeff disse que devido ao feedback do ano passado resolveram estender o evento desse ano, já que nessa época muitas pessoas estão viajando devido às festas e férias e muitas pessoas perderam boa parte do evento. O evento esse ano vai até 5 de março.

  • O que mudou no Overwatch?
Agora na tela de seleção de heróis é possível trocar as skins. Algo que fazia falta no Overwatch era o poder de trocar de skin a hora que quiséssemos, e finalmente na nova atualização isso é possível: no canto superior direito da tela aparece um menu com as skins habilitadas do personagem e você pode trocar ali mesmo, porém não é possível habilitar skins nessa tela.


Além de todas essas novidades, tenho que falar sobre a atualização passada, uma grande atualização que trouxe muita coisa nova, desde o tão esperado mapa BlizzardWorld, anunciado na Blizzcon, até uma coleção de skins que fazem um cross over com outros jogos da Blizzard, mas isso tudo falo numa próxima matéria.

Até mais, espero que tenham gostado, tanto da matéria, quanto do evento em Overwatch.

bjÔ

Tahhh

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O que esperar de 2018 e por onde eu ando? (Porque ano passado teve uma matéria assim)

Yoooo minna
Ahhh que saudade de escrever para vocês. Ano passado tivemos uma matéria igual aqui neh? Então vamos conversar um pouco

Eu disse que seria mais ativa e tudo mais porém não consegui me organizar. 2017 foi um ano difícil beeem complicado mesmo, e agradeço de coração ter conseguido passar por ele. Foi um ano em que fiz 18 anos, tirei minha carteira de moto e consegui um estágio na minha área e estou muito feliz por isso. Ainda sim, foi um ano onde tive sérios problemas emocionais, físicos e psicológicos. Onde eu me desorganizei completamente e protelei coisas importantes. Ano este em que me mudei finalmente para o bem da minha saúde mental. Um ano onde minha família adotou 3 animaizinhos (2 gatos e um cachorro) que agora fazem parte da família.
Todos os anos são feitos de altos e baixos, mas 2017 em especial foi uma montanha russa. Espero que 2018 seja mais estável.

Mas chega de falar de mim, vamos ao que interessa: 2018. Ou melhor o início dele.


  • Overwatch


Ao que tudo indica, os eventos de Overwatch vão se repetir (ou assim espero porque não consegui minha skin da D.va ano passado no evento do "Ano Novo Chinês"), se isso estiver certo podemos nos preparar para novas skins, principalmente dos personagens que não ganharam ano passado e possivelmente dos novos personagens (Orisa, Doomfist e Moira - se bem que a Moira talvez não receba pois é muito nova).
Uma novidade quentinha que temos são as novas skins da Overwatch League, skins destinadas a representar os uniformes dos times da liga, que serão obtidas apenas através de "League Tokens", uma nova moeda que só podem ser adquiridas através de dinheiro real, infelizmente. Overwatch é um jogo justíssimo com seus jogadores: proporciona itens estéticos incríveis e variados através das loot boxes, que, apesar de serem obtidas através de dinheiro também, são facilmente coletadas ao upar um nível ou ganhar jogos no arcade. A iniciativa de trocar dinheiro real por League Tokens é boa, afinal o dinheiro será distribuído igualmente para as 12 equipes, mas um pouco ruim, pois limita alguns itens apenas à jogadores que comprarão. É praticamente como a Origins Edition foi, você compra o jogo com skins exclusivas que não poderão ser conseguidas no jogo. 
Assumo que adoraria ter a skin da Widowmaker, porém é justo que apenas aqueles que pagaram mais por ela terem acesso. A mesma coisa com os uniformes, quem quer ajudar as equipes e o cenário competitivo de Overwatch será recompensado com uma skin que não se pode obter em loot boxes.

  • League of Legends

Para o LoL certamente teremos novos campeões e disso não temos muito o que falar: é esperar para ver. Já sobre Reworks temos alguns nomes já confirmados, dentre eles: Swain, Irelia e Aatrox.
Mas acredito que o verdadeiro desafio desse ano para o LoL serão as novas runas. Eu não tenho jogado desde o rework da Evelyn, mas vejo stream quase que diariamente e pelo que percebi as novas runas são muito amplas, porém simples de se entender, só um pouquinho de paciência lendo para escolher certo na hora de jogar.

  • PUBG

Recém saído de seu Early Acess (acesso antecipado), PLAYERUNKNOWN'S BATTLEGROUNDS, promete ser um dos maiores jogos de 2018. Desde seu lançamento, tem ficado à frente de jogos como LoL, CS e seu concorrente Fortnite na Twitch. Uma nova atualização lançou o novo mapa que mostra um cenário desértico bem diferente do antigo, com muitas elevações e lugares para se esconder, em contraste com o mapa antigo onde haviam muitas planícies e campo aberto. Segundo notícias, os desenvolvedores de PUBG gostariam que o jogo fosse multiplataforma, e pela forma como cativou o público talvez seja uma grande oportunidade de unir Xbox e Playstation

  • Animes (Continuações)

Dentre os animes a serem lançados nesse ano, as continuações são os mais esperados. O que está deixando os otakus mais ansiosos mundo a fora é que 6 grandes continuações foram confirmadas ainda para o início de 2018: Boku no Hero Academia 3, Shingeki no Kyojin 3, Tokyo Ghoul 3, Fairy Tail 3, Nanatsu no Taizai 2 e One Punch Man 2.
Todos shounens, porém grandes franquias que deixaram muita dúvida e mistérios em seus finais. Boku no Hero, vem de um curto hiato, afinal acabou dia 30/09 a segunda temporada. Tokyo Ghoul vêm com um trailer que nos dá esperança de uma boa adaptação, mas devido às suas antigas temporadas ainda temos um pé atrás com ele. 
Já Shingeki no Kyojin com certeza é um dos mais esperados, sua segunda temporada deixou muita coisa em aberto e não contou praticamente nada do que esperávamos, nos deixando cada vez mais ansiosos por saber a história toda.

  • Animes (Novos)

Temos nessa nova temporada muitos animes, adaptações tais como Ito Junji, adaptação das obras de um dos maiores artistas do Japão; Citrus, adaptação do famoso mangá yuri que era esperada há tempos; e algo diferente como Koi wa Ameagari no You ni, o anime de uma garota colegial que se apaixona por seu chefe.
Certamente podemos esperar grandes obras esse ano e apreciar todo esforço que a mídia está fazendo para trazer cada vez mais animes para o Brasil.


Por enquanto são essas novidades que trago a vocês, logo logo trarei mais matérias afinal estou de férias e com bastante tempo livre.
É isso minna, bom 2018!


Tahhh

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Feira do Livro 2017!!

Yooo minna
Como eu amo a feira do livro trago-lhes um pouco do que foi. Esse ano fiquei realmente em dúvida se ia ou não, afinal estava sem dinheiro - como sempre - e queria comprar coisinhas no shopping. Acabei decidindo por ir, afinal a feira do livro acontece apenas uma vez por ano :v
Diferente dos outros anos, meu irmão foi e ficou perdido/decepcionado. Ele disse que esperava mais e que parecia um evento de anime, só que com livros. Então eu fiquei pensando, para ele - e meu namorado - andar pela feira do livro é como ir num evento de anime mesmo: você olha as bancas, vê se tem algo diferente, compara o preço de uma coisa na outra banca pra ver se está mais barato e no fim leva algumas poucas coisas.
Claro que, assim como nos eventos, a feira do livro tem atrações, mas nós não costumamos ir ver as atrações, só olhar e comprar coisas mesmo. Mas, vou deixar meu relato (que postei no instagram) sobre o que eu penso da feira do livro.
"O que eu mais gosto na feira do livro é que, pelo menos eu, não se vai procurando um livro, mas sim querendo encontrar algo. Pode parecer confuso, mas a primeira vez que eu fui estava decidida a encontrar um livro que eu amei (que a Mô me emprestou), mas não encontrei em lugar algum, ao invés disso encontrei aquele que veio a ser meu livro favorito. Nas próximas feiras a mesma coisa, ano passado por coincidência encontrei o ultimo volume que havia na feira de um livro recém traduzido que tem muuuita informação sobre genética (que é uma área que amo). Esse ano eu queria algo diferente, pensei em comprar Will & Will, mas então achei esse da foto e me pareceu encaixar tão bem com o diferente que eu queria. Meu namorado não queria um livro, até toparmos com Battle Royal (livro que inspirou PUBG, que é seu jogo favorito). O mano queria algo, mas é tão desacostumado com a leitura que nem sabia por onde começar, até encontrarmos um livro que ele curtiu (apesar de ficar em dúvida entre Pax e este que ele levou). Essa é a magia da feira do livro, vc se encontra em algo que não estava esperando, num ambiente receptivo que te convida a abrir a mente para todas as possibilidades."

Apesar do início parecer meio filosófico/confuso faz todo o sentido para mim. Talvez você não experiencie isso na primeira, nem na segunda vez que for na feira (bienal em outros estados), porém quando se der conta sua visão até mesmo sobre a leitura vai mudar.
Mas deixando de lado minha visão sobre a feira, vamos para a parte onde falamos sobre os livrinhos. Nessa feira vi bastantes livros diferentes, que ou eu não tinha notado nas outras, ou eles realmente não estavam lá. Dessa vez eu realmente não sabia se ia levar algo ou voltar de mãos vazias, acabei por comprar "Deixe a neve cair", um livro que reúne três contos e eu já tinha visto, mas nunca me interessei. Fiquei em dúvida entre este e Will & Will, porém o último estava com um preço exorbitante se comparado ao que você acha na internet.


Meu irmão queria algo, apesar de não ler muito, e não fazia ideia do que comprar, então encontramos um livro que parece interessante e do qual eu já tinha ouvido falar, o primeiro volume de uma saga "O aprendiz de assassino".

Já meu namorado não queria levar nada porque estava sem tempo para ler (alias isso dá um gancho para algo que quero muito falar depois dessa parte), mas eu queria dar algum livro para ele. Então, na mesma banca onde compramos o livro do mano, encontramos o livro de "Battle Royal" que inspirou o jogo (que é a nova sensação) PUBG. Como ele já tinha falado muito nesse livro e não tinha encontrado mais nada, levamos esse. Eu alias comecei a ler quando estavamos na casa dele e eu estava entediada. O tema de Battle Royal me lembra muito BTOOOM!!!, que alias veio depois dele, mas como eu conheci BTOOOM antes é o primeiro que me vem à mente, e eu gostei bastante do início do livro, quando terminar de ler farei uma resenha aqui.


Como eu disse um pouco acima, tem uma coisa que eu queria muito falar sobre a feira desse ano. O slogan foi "Tempo para ler, todo mundo tem" pois a desculpa de muitas pessoas não lerem é a falta de tempo. Mas como nós sabemos, não é bem assim.
Eu mesma não estou lendo porque não tenho como me concentrar na leitura. O pouco tempo que tenho para ler no ônibus ou nos intervalos de aula seriam o suficiente para ler alguns dos livros que estão parados na minha estante, porém não consigo me concentrar em ler pois estou estudando em dois cursos - ainda - e se me desfocar muito não irei bem nas matérias. Estou consciente disso e por esse motivo não estou lendo agora, mas nas férias lerei tudo que não consegui esse ano.
Retomar o ritmo de leitura é dificil, iniciar um sem nunca ter tentado é pior ainda, mas a feira está incentivando, como sempre fez, dessa vez de uma forma mais descontraída. Uma das publicidades que vi na página do face era um vídeo de alguns minutos de alguém estourando um plástico bolha, outro sobre possíveis eventos paranormais, e no final de cada um aparecia a mensagem "Você acabou de assistir tantos minutos de tal coisa... Tempo para ler, todo mundo tem".
Essa publicidade foi genial, porque é ao mesmo tempo divertida e sincera. Você tem tempo, é só saber utilizá-lo. E você sabe que passa horas na frente do pc/celular em suas redes sociais fazendo nada (eu mesma faço isso).
Enfim, essa feira foi tão boa quanto as outras e pude aproveitar bastante inclusive. Espero poder levar meu irmãozinho mais novo nos próximos anos. Vocês costumam ir em feiras/eventos regionais? Comentem ai!

Por enquanto é isso, bye bye


Tahhh