Yoooo minna!!
Lembram quando há muuuito tempo eu falei que Akatsuki no Yona era um shoujo... diferente? Pois então, depois de ver esse shoujo incrível (eu elogiaria muito mais se curtisse o gênero em si) resolvi fazer uma matéria, mas a procrastinação não deixou.
Meses depois, passando pela timeline do facebook vejo uma fanart linda do melhor casal do anime e me lembro de fazer uma matéria. Sobre o que vamos falar? Sobre o protagonismo feminino, não apenas em Akatsuki no Yona, mas nos shoujos em geral.
Uma breve sinopse sobre Akatsuki no Yona antes de continuarmos o assunto:
Yona é a princesa de seu reino, vive uma vida despreocupada onde seus únicos afazeres se referem a sua beleza, cuidar do rosto, da pele e principalmente de seus belos cabelos vermelhos; Yona é apaixonada por seu primo, Soo-Won. Sua vida era um conto de fadas até o momento em que tudo desmorona. Seu pai, um rei pacifista que não gosta de armas é assassinado no dia de seu aniversário de 16 anos por seu primo que busca o trono. Agora Yona deve fugir, protegida por Hak, seu amigo de infância e guarda-costas e unir forças para recuperar seu trono.
Por onde começar? Que se fizermos uma análise rápida de Akatsuki no Yona e algum outro shoujo? Amnesia, por exemplo. (ps: eu ia pegar o exemplo de Nisekoi, mas como a trama envolve muito um protagonista masculino, resolvi usar algum anime onde a protagonista feminina tenha um harém, mais parecido com Akatsuki no Yona).
Em Akatsuki no Yona temos o desenvolvimento de vários personagens, desde Yona uma princesa iludida com um mundo "cor de rosa" que vive sem preocupações e vai evoluindo até aprender como os cidadãos de seu reino vivem e criar uma mentalidade diferente sobre o mundo; até Hak, o amigo de infância que tentava acreditar que seu único propósito era defender a princesa de tudo e todos até o momento onde ele entende que ela quer protegê-lo também. Vamos focar em Yona, pois a pauta hoje é o protagonismo feminino.
Akatsuki no Yona é um shoujo fora do normal, além de um "harém" (como muitos animes adaptados de otome games) o anime envolve ação, mesmo que pouca, o que já é diferente de um shoujo comum. Normalmente as histórias se atém ao romance e um triângulo amoroso.
Yona desenvolve muitos aspectos ao longo do anime, desde cortar seus cabelos (o que sabemos, mostra uma grande mudança em personagens como ela - e Sakura Haruno por exemplo - pois a vaidade é algo de grande valor para ela), até aprender a manusear um arco e flecha. Yona percebe que não pode depender de Hak e dos outros para sempre, que eles estão dando o máximo de si e quase morrendo por ela, mas ela não faz nada. Apesar de, assim como seu pai, Yona não ser tão familiarizada com armas, ela trabalha duro para conseguir desenvolver a habilidade com o arco. Yona vira uma líder, alguém que seu povo precisa e que ouça sua voz.
Já em Amnesia, nossa protagonista viaja por mundo paralelos, afim de recuperar suas memórias e interage em cada mundo com um garoto diferente que tem interesse amoroso para com ela. Certo, estamos falando de um otome game, como Diabolik Lovers, e a temática é um harém invertido onde você tem que escolher um deles para ficar no final. Vamos falar então sobre um Shounen protagonizado por uma menina? Sousei no Onmyouji.
A protagonista é uma das exorcistas mais fortes do mundo, mesmo sendo uma das mais novas, assim como o protagonista. Logo que se encontram ela demonstra toda a habilidade que desenvolveu em anos de treinamento, ele tem medo de enfrentar demônios desde o incidente em sua infância.
Quando eles precisam enfrentar um aglomerados de demônios e só ela se manifesta, acaba tendo graves lesões e precisa ser resgatada por ele. Em seguida eles descobrem que terão que casar e gerar um filho, o exorcista mais poderoso.
Percebem a diferença? É um anime de fantasia, mas a protagonista é colocada de lado, mesmo que inicialmente tenha sido dito que ela era mais forte e habilidosa. A temática de Amnesia, de Ookami Shoujo, de Nisekoi, são todas diferentes, mas a submissão da protagonista feminina é a mesma, para que seja colocado de lado tudo que diz respeito a ela ser superior e independente.
Não me levem a mal, Ookami Shoujo to Kuro Ouji é um shoujo muito bom, eu adorei, mas reconheço que, se visto por um lado, é problemático.
Akatsuki no Yona quebra isso. A protagonista não tem que ser levada, protegida, sequestrada, por ninguém. Ela deve ser auto suficiente e ter uma mente própria, fazer suas próprias decisões, liderar seu povo.
Sinceramente quando comecei a ver, pensei que Yona não seria desenvolvida. Pensei que ela seria mais uma protagonista de shoujo genérico, que segue tudo que lhe é imposto, que não contesta, que não se manifesta, mas é diferente. Eu amei a forma como Yona foi pensada, como se encaixou no contexto da crise do reino e suas interações com os outros personagens.
Por hoje é só, espero que tenham gostado. Adorei fazer essa matéria, gostei da estrutura, o que acharam? Comentem 0/
Tahhh